O Sindicato dos Médicos do Estado do Tocantins (SIMED-TO) esteve novamente presente na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (17), ao lado de outras entidades representativas dos servidores públicos estaduais, para cobrar avanços concretos na tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Teto Remuneratório Único. O sindicato destaca que a indefinição sobre o tema perpetua uma injustiça histórica que penaliza especialmente os médicos e demais profissionais da saúde, que atuam na linha de frente do atendimento à população.
Médicos pressionam por justiça salarial
A mobilização do SIMED-TO integra uma luta de anos pela correção das distorções salariais causadas pelo atual teto, que limita os vencimentos dos servidores ao salário do governador. Desde 2011, progressões e direitos conquistados pelos médicos não têm efeito financeiro pleno, pois o teto obriga a devolução de parte dos salários ao Estado, gerando prejuízos e desvalorização dos profissionais. O presidente do SIMED-TO, Dr. Reginaldo Abdalla, ressalta que a aprovação da PEC não representa aumento salarial, mas sim o fim de uma injustiça que impede o recebimento integral dos salários devidos à categoria.
Reunião com presidente da Assembleia expõe impasse
Durante a manhã, apesar de não haver sessão legislativa, os representantes conseguiram se reunir com o parlamentar o presidente da Casa, deputado Amélio Cayres, que informou que a PEC segue paralisada na Secretaria de Planejamento (SEPLAN) devido à não entrega dos estudos orçamentários pelas secretarias envolvidas. Cayres se comprometeu a agendar uma reunião com todos os secretários para o próximo dia 25, buscando destravar a tramitação da proposta. Ele também sugeriu a possibilidade de votação da PEC até julho, com vigência a partir de janeiro de 2026 e pagamento integral em abril do mesmo ano.
SIMED-TO reafirma compromisso com a valorização dos médicos
O SIMED-TO reforça que a aprovação do teto remuneratório único, com referência ao subsídio de desembargador do Tribunal de Justiça, é fundamental para garantir justiça e valorização aos médicos do Tocantins. O sindicato seguirá mobilizado, acompanhando de perto cada etapa do processo e cobrando das autoridades o cumprimento dos compromissos assumidos. “Passou da hora de colocar um fim à defasagem salarial e assegurar condições dignas para quem cuida da saúde da população”, afirma Dr. Reginaldo Abdalla.
A entidade pede que todos os médicos permaneçam atentos e participativos nas mobilizações, pois a conquista desse direito é resultado da união e da luta coletiva da categoria.